sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

6ª feira


É 6ª feira... Finalmente! Não que o trabalho me custe nem que não goste do que faço, mas há sempre um alento diferente só por pensar que os próximos dois dias estamos em casa - não sem fazer nenhum porque há sempre muito que fazer - mas pelo menos podemos dormir até tarde - mesmo que não seja até muito tarde - e, a julgar pelo dia maravilhoso que está hoje, deve estar um fim de semana porreiro para passear junto à praia. Ainda por cima, é fim do mês!


Já só faltam 8 horinhas para ir de folga e... ufa!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Não, não é cansaço...


Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...


Álvaro de Campos

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Last Kiss, by Pearl Jam

Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.
We were out on a date in my daddy's car, we hadn't driven very far.
There in the road, straight ahead,a car was stalled, the engine was dead.
I couldn't stop, so I swerved to the right.
I'll never forget, the sound that night
The screaming tires, the busting glass,the painful scream that I-- heard last.
Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.
When I woke up, the rain was pouring down.
There were people standing all around.
Something warm flowing through my eyes,but somehow I found my baby that night.
I lifted her head, she looked at me and said,
"Hold me darling just a little, while"
I held her close, I kissed her--our last kiss.
I'd found the love that I knew I had missed.
Well now she's gone, even though I hold her tight.
I lost my love, my life-- that night.
Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.



Esta música reflecte a inconstância da vida, diz-nos que as pessoas que amamos partem depressa demais e o tempo que passamos com elas é sempre pouco. E o que custa mais do que perder de vez quem amamos? É bom que não saibamos quando partimos ou quando eles vão partir, porque seria insuportável saber que este é o meu último dia com a minha mãe, ou que daqui a uma semana o meu pai já não está em casa para me receber ao almoço - e só de pensar nisto fico com os olhos cheios de água.
O tempo é pouco para estar com aqueles que amamos. Podiamos viver mil anos... o tempo é sempre escasso quando passado com os que nos são próximos e amados.
Porque nunca sabemos qual a nossa hora nem a hora deles, vamo-nos deixar de parvoíces e guerrinhas... O tempo não volta pra trás e o arrependimento não resolve nada.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Poema alentejano


Atirê uma maçã rolando
À tu porta parou
E eu cá fiquê pensando:
"Será que a cabrona se cansou?"


Perdi a minha caneta
Lá para os lados da Várzea
Se lá foris e a encontraris
Tráze-a!


À tua porta plantê
Um raminho de hortelã.
Ê cá gosto de ti
E tu? Hã?


Subi a um eucaliptre
Co tê retrato na mão,
Desencaliptrei-mi lá de cima
Bati c'os cornos no chão!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Ordinary World, by Duran Duran

Came in from a rainy Thursday on the avenue

Thought I heard you talking softly
I turned on the lights, the TV and the radio
Still I can't escape the ghost of you

What has happened to the world?
Crazy some'd say
Where is the life that I recognize?


But I won't cry for yesterday
There's an ordinary world
Somehow I have to find
And as I try to make my way
To the ordinary world
I will learn to survive

Papers in the roadside tell of suffering and greed
Here today, forgot tomorrow
Here besides the news of holy war and holy need
Ours is just a little sorrowed talk

What has happened to the world?
Crazy some'd say
Where is my friend when I need you most?

But I won't cry for yesterday
There's an ordinary world
Somehow I have to find
And as I try to make my way
To the ordinary world
I will learn to survive

Any world is my world
Any world is my world
Any world is my world


Every world is my world

Há dias assim

Há dias assim. Dias em que parece que está a correr tudo bem e de repente... puf! Outros em que parece que está tudo a correr mal e, de repente, há um milagre - por assim dizer... - que nos salva o dia.
Não estou nem num dia nem noutro. Estou a ter um dia normal, até bastante desafogado de trabalho, e talvez por isso sinto-me murcha. Precisava de uma surpresa, de uma palavra ou um acto, qualquer género de exaltação para me fazer alegrar. Mas de facto não está a ser um dia mau... E o que me exalta é sempre pela negativa, por isso se calhar o melhor é deixar-me sossegada.
Há dias assim: em que não se está bem nem se está mal. E hoje se pudesse ter tido a oportunidade de ficar em casa sossegada, a ler um livro e a ouvir chill out, parece-me que seria um dia perfeito.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Hoje não

Não estou com inspração para isto. Estou com sono e cheia de preguiça. Apetece-me dormir. Vou dormir. Adeus!