quinta-feira, 17 de abril de 2008

...

Ela escreveu:

"Naquele dia que te liguei estava tão... 'desesperada' para falar contigo. És o meu porto de abrigo. Quando aconteceram aquelas desgraças todas na minha vida, tu estiveste lá para mim... eu decidi que não podia mais viver sem ti! E lembro-me tantas vezes de ti, mesmo que demore horas a responder às mensagens e às vezes fique muito tempo sem dizer nada... :( Eu tenho consciência que podia ser muito melhor como tua amiga mas às vezes porto-me tão mal que só mereço 'porradita'."
E ainda:
"Fico tão triste quando te vejo a ir embora, dava tudo para te ver todos os dias e ser como antes... Tinha-te sempre comigo e era bem mais feliz assim! O tempo passou tão depressa que parece que foram só 5 minutos e ficou tanto por dizer...! Fazes-me tanta tanta falta...! Adoro-te muito muito muito!"


...e de repente os dias ganham outro sentido...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para a buxah

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Muda de vida se tu não vives satisfeito

Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim?...


Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ao meu gémeo

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Sophia de Mello Breyner Andersen