quinta-feira, 17 de abril de 2008

...

Ela escreveu:

"Naquele dia que te liguei estava tão... 'desesperada' para falar contigo. És o meu porto de abrigo. Quando aconteceram aquelas desgraças todas na minha vida, tu estiveste lá para mim... eu decidi que não podia mais viver sem ti! E lembro-me tantas vezes de ti, mesmo que demore horas a responder às mensagens e às vezes fique muito tempo sem dizer nada... :( Eu tenho consciência que podia ser muito melhor como tua amiga mas às vezes porto-me tão mal que só mereço 'porradita'."
E ainda:
"Fico tão triste quando te vejo a ir embora, dava tudo para te ver todos os dias e ser como antes... Tinha-te sempre comigo e era bem mais feliz assim! O tempo passou tão depressa que parece que foram só 5 minutos e ficou tanto por dizer...! Fazes-me tanta tanta falta...! Adoro-te muito muito muito!"


...e de repente os dias ganham outro sentido...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para a buxah

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Muda de vida se tu não vives satisfeito

Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim?...


Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ao meu gémeo

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Sophia de Mello Breyner Andersen

segunda-feira, 31 de março de 2008

What's a woman


What's a woman when a man
Don't stand by her side?
What's a woman when a man
Has secrets to hide?


She'll be weak
She'll be strong
Struggle hard
For so long...



What's a woman when a man
Don't go by the rule?
What's a woman when a man
Makes her feel like a fool?



When right
Turns to wrong
She will try
To hold on to the ghosts of the past
When love was to last
Dreams from the past
Faded so fast


All alone
In the daek
She will swear
He'll never mislead her again



All those dreams from the past
Faded so fast
Ghosts of the past
When love was to last
All alone
In the dark

She will swear cross her heart
Never again


Cross my heart
Never again

quarta-feira, 19 de março de 2008

Frases sobre sexo


"Normalmente a mulher goza antes. E naquela hora que você tira a cueca, ela olha para você e dá uma gargalhada"



"Sexo é como um jogo de cartas: se você não tem uma boa parceira, é melhor que tenha uma boa mão."



"A inactividade sexual é perigosa, produz cornos."



"O sexo é a coisa mais divertida que se pode fazer sem rir."



"Escovamos os dentes quatro vezes por dia e fazemos sexo duas vezes por semana. Não poderia ser o contrário?"



"Portanto, em matéria de sexo, uma única recomendação prevalece: quanto menos controle sobre a situação na cama, melhor."

terça-feira, 18 de março de 2008

Mulheres casadas

Porque é que as mulheres casadas são mais gordas que as solteiras?

R: A solteira chega a casa, vê o que tem no frigorifico e vai pra cama; a casada vê o que tem na cama e vai pró frigorifico.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sasha




Já tenho comigo a minha menina! :) É uma Basset Hound, com o focinho todo enrugado, castanho e preto, o resto corpo preto, excepto as patinhas e a pontinha do rabo, que são brancos. Só vista mesmo!



É muito bebé, muito chorona, muito refilona... adora brincar com um cãozinho de peluche, comer e dormir.




Estou apaixonadíssima pela minha Sasha. Por mim, tinha-se sempre ao pé de mim, mas o patrão não devia achar muita piada...




É linda! E eu estou vidrada nela!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

6ª feira


É 6ª feira... Finalmente! Não que o trabalho me custe nem que não goste do que faço, mas há sempre um alento diferente só por pensar que os próximos dois dias estamos em casa - não sem fazer nenhum porque há sempre muito que fazer - mas pelo menos podemos dormir até tarde - mesmo que não seja até muito tarde - e, a julgar pelo dia maravilhoso que está hoje, deve estar um fim de semana porreiro para passear junto à praia. Ainda por cima, é fim do mês!


Já só faltam 8 horinhas para ir de folga e... ufa!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Não, não é cansaço...


Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...


Álvaro de Campos

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Last Kiss, by Pearl Jam

Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.
We were out on a date in my daddy's car, we hadn't driven very far.
There in the road, straight ahead,a car was stalled, the engine was dead.
I couldn't stop, so I swerved to the right.
I'll never forget, the sound that night
The screaming tires, the busting glass,the painful scream that I-- heard last.
Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.
When I woke up, the rain was pouring down.
There were people standing all around.
Something warm flowing through my eyes,but somehow I found my baby that night.
I lifted her head, she looked at me and said,
"Hold me darling just a little, while"
I held her close, I kissed her--our last kiss.
I'd found the love that I knew I had missed.
Well now she's gone, even though I hold her tight.
I lost my love, my life-- that night.
Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.



Esta música reflecte a inconstância da vida, diz-nos que as pessoas que amamos partem depressa demais e o tempo que passamos com elas é sempre pouco. E o que custa mais do que perder de vez quem amamos? É bom que não saibamos quando partimos ou quando eles vão partir, porque seria insuportável saber que este é o meu último dia com a minha mãe, ou que daqui a uma semana o meu pai já não está em casa para me receber ao almoço - e só de pensar nisto fico com os olhos cheios de água.
O tempo é pouco para estar com aqueles que amamos. Podiamos viver mil anos... o tempo é sempre escasso quando passado com os que nos são próximos e amados.
Porque nunca sabemos qual a nossa hora nem a hora deles, vamo-nos deixar de parvoíces e guerrinhas... O tempo não volta pra trás e o arrependimento não resolve nada.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Poema alentejano


Atirê uma maçã rolando
À tu porta parou
E eu cá fiquê pensando:
"Será que a cabrona se cansou?"


Perdi a minha caneta
Lá para os lados da Várzea
Se lá foris e a encontraris
Tráze-a!


À tua porta plantê
Um raminho de hortelã.
Ê cá gosto de ti
E tu? Hã?


Subi a um eucaliptre
Co tê retrato na mão,
Desencaliptrei-mi lá de cima
Bati c'os cornos no chão!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Ordinary World, by Duran Duran

Came in from a rainy Thursday on the avenue

Thought I heard you talking softly
I turned on the lights, the TV and the radio
Still I can't escape the ghost of you

What has happened to the world?
Crazy some'd say
Where is the life that I recognize?


But I won't cry for yesterday
There's an ordinary world
Somehow I have to find
And as I try to make my way
To the ordinary world
I will learn to survive

Papers in the roadside tell of suffering and greed
Here today, forgot tomorrow
Here besides the news of holy war and holy need
Ours is just a little sorrowed talk

What has happened to the world?
Crazy some'd say
Where is my friend when I need you most?

But I won't cry for yesterday
There's an ordinary world
Somehow I have to find
And as I try to make my way
To the ordinary world
I will learn to survive

Any world is my world
Any world is my world
Any world is my world


Every world is my world

Há dias assim

Há dias assim. Dias em que parece que está a correr tudo bem e de repente... puf! Outros em que parece que está tudo a correr mal e, de repente, há um milagre - por assim dizer... - que nos salva o dia.
Não estou nem num dia nem noutro. Estou a ter um dia normal, até bastante desafogado de trabalho, e talvez por isso sinto-me murcha. Precisava de uma surpresa, de uma palavra ou um acto, qualquer género de exaltação para me fazer alegrar. Mas de facto não está a ser um dia mau... E o que me exalta é sempre pela negativa, por isso se calhar o melhor é deixar-me sossegada.
Há dias assim: em que não se está bem nem se está mal. E hoje se pudesse ter tido a oportunidade de ficar em casa sossegada, a ler um livro e a ouvir chill out, parece-me que seria um dia perfeito.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Hoje não

Não estou com inspração para isto. Estou com sono e cheia de preguiça. Apetece-me dormir. Vou dormir. Adeus!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

10 coisas que odeio em ti vs 10 coisas que adoro em ti


Para a Tixa Buxah:


1) Odeio a tua mania de arranjar desculpas para não me visitares há mais de 2 anos;


2) Odeio o facto de não vires ter comigo porque ele não quer;


3) Odeio que não te imponhas;


4) Odeio que deixes que te mandem bocas e que te mantenhas calada;


5) Odeio saber que estás com quem não te merece;


6) Odeio quando me deixas no msn à espera porque a tua boss não te larga a braguilha;


7) Odeio que tenhas deixado os estudos a meio;


8) Odeio que não dês a volta por cima à vida que tens e que não te satisfaz;


9) Odeio quando me dizes que te fizeram chorar;


10) Odeio não saber quando te vou voltar a ver.



1) Adoro falar e desabafar contigo;


2) Adoro ler as tuas cartas;


3) Adoro a maneira como me fazes rir;


4) Adoro as tuas piadas secas;


5) Adoro o modo como me atiras para a realidade;


6) Adoro ver-te sonhar;


7) Adoro que estejas sempre pertinho de mim, apesar de fisicamente tão longe;


8) Adoro que sejas minha amiga;


9) Adoro que estejamos em sintonia;


10) Adoro-te e adoro o que nós temos.

Homens doentes

Hoje recebi esta pérola da literatura portuguesa no meu mail e não posso deixar de divulgar:

ANTÓNIO LOBO ANTUNES
(Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Unhas vermelhas

Gosto. Adoro. Quase venero.

Hoje uma colega minha disse que as minhas unhas encadeavam, nesta mistura de vermelho com rosa choque. Um belo verniz do chinês que me custou 80 cêntimos e que é LINDO.


Amo unhas vermelhas. E quem não gosta... não olha!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Relações duradouras

As relações arrefecem. Ou amadurecem.
Isto de namorar há 5 anos é dose. E quem já namora há alguns anitos sabe que é dose. A paixão perde-se, deixa-se de se sentir aquele arrepio no estomâgo, deixa-se de dar quecas no carro, deixa-se de receber e de enviar mensagens enormes e de andar sempre colados aos beijos - há situações em que se deixa mesmo de dar beijos -, deixa de haver um surpresa hoje "porque sim" e uma amanhã "porque te amo"... Também se ganha muita coisa, é certo; ganha-se cumplicidade e confiança, o que por vezes é mau visto que a confiança é lixada... além de se quebrar com extrema facilidade - o que é uma chatice porque depois nunca conseguimos apanhar os cacos todos e juntá-los - faz-nos abusar. Eu, pelo menos, sinto isso: que abuso mais das pessoas que me são mais chegadas, a quem digo muitas vezes o que não sinto, e que são essas pessoas que me lixam mais a cabeça e que me dizem também coisas não sentidas. E não me refiro apenas aos namorados, mas também aos pais, irmãos e amigos mais chegados.
Há dias em que nada interessa além de estar com ele e outros em que nada interessa além de não o ver. Antes não era assim; antes queriamos sempre estar juntos e passar férias separados então era um desatino de choradeiras e saudades - agora por vezes até é um alívio poder laurear a pevide sózinha de vez em quando! E as mensagens? Longas mensagens de "és tudod para mim", "nunca te quero perder", "és a mulher da minha vida", "não consigo deixar de pensar em ti" deram lugar a um "bom dia", "estou a ver tv", "vou treinar", como se nem sequer pensasem em nós.... E nem quando estamos animaditas por alguma coisa, parece que a partir de uma dada altura é quase indiferente se estamos felizes ou tristes... É claro que antes havia muito mais dramatismo, mas até as discussões eram boas pelo ter que fazer as pazes... Agora as discussões são ainda mais parvas, nós sabemos como nos magoar um ao outro - e às vezes parece que o fazemos de propósito - e fazer as pazes é cada vez mais demorado, porque já não há aquela ânsia de estarmos juntos...
Há coisas boas,é certo. A amizade e a cumplicidade que se conquistam, o saber que podemos contar um com o outro, o amar sem pedir nada em troca, o imaginar uma vida ao lado daquela pessoa, porque apesar dos defeitos até a amamos bastante e até estamos quase dispostas a fingir que não sabemos que ele tem defeitos - pelo menos até à próxima discussão. Mas às vezes faz falta uma quota parte de magia, de paixão, da cegueira inicial, dos beijos molhados e do sexo no carro, porque é necessário apimentar a relação e não cair na rotina. São precisas mais 50 mensagens por dia a dizer que somos especias e que nos amarão para sempre.
Porque não há coisa pior do que passar a noite no sofá a ver televisão sem dizer quase nada um ao outro...

What if tomorrow never comes?



I don’t wanna forget the present is a gift

And I don’t wanna take for granted the time you may have here with me

‘Cause Lord only knows another day is not really guaranteed

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Don't say you love me, by The Corrs


I've seen this place a thousand times
I've felt this all before
And every time you call
I've waited there
As though you might not call at all

I know this face i'm wearing now
I've seen this in my eyes
And though it feels so great,
I'm still afraid
That you'll be leaving anytime

We've done this once and then you closed the door
Don't let me fall again for nothing more


Don't say you love me unless forever
Don't tell me you need me if you're not gonna stay
Don't give me this feeling, i'll only believe it
Make it real or take it all away

I've caught myself smiling alone
Just thinking of your voice
And dreaming of your touch
Is all too much
You know i don't have any choice

Don't say you love me unless forever
Don't tell me you need me if you're not gonna stay
Don't give me this feeling, i'll only believe it
Make it real or take it all away



We've done this once and then you closed the door
Don't let me fall again for nothing more...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Cântico Negro

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio

Ofloxacina: efeitos secundários

Tracto gastrintestinal:
Podem aparecer sintomas tais como queixas gástricas, dores abdominais, anorexia, náuseas, vómitos e diarreia. A diarreia pode por vezes ser um sintoma de enterocolite que pode, nalguns casos, ser hemorrágica. No caso de diarreias graves e duradouras durante e após o tratamento deverá pensar-se na colite pseudomembranosa, que constitui um perigo vital; se assim for, deverá suspender-se de imediato o tratamento e iniciar uma terapêutica adequada.
Sistema nervoso:
Cefaleias, tonturas e transtornos do sono; muito raramente insegurança da marcha, tremores (transtornos da coordenação muscular), sintomas extra piramidais, convulsões e parestesias. Transtornos visuais como visão dupla e cromática anormal, alterações do paladar e do olfacto, da audição e do equilíbrio, sonhos vividos ou mesmo pesadelos, reacções psicóticas como sejam intranquilidade, agitação, ansiedade, depressão, confusão mental e alucinações, que por vezes podem progredir e pôr em perigo o comportamento do próprio doente.
Reacções de hipersensibilidade:
Reacções cutâneas tais como erupções (em casos individuais, sob a forma de vesículas) e prurido; muito raramente, manifestações cutâneas associadas com a exposição à luz solar (foto sensibilidade), febre, inflamação alérgica dos pulmões (pneumonite), inflamação alérgica dos rins (nefrite intersticial); eosonofilia; febre, edema facial, lingual e/ou da laringe, dispneia podendo evoluir até ao choque. Em casos muito raros podem ocorrer afrontamentos, eritema multiforme, síndroma de Stevens-Johnson, síndroma de Lyell e vasculite.
Efeitos sobre o sangue e elementos sanguíneos:
Em casos muito raros: alteração da fórmula sanguínea (leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia, pancitopenia), por exemplo, devido a redução da formação de novas células na medula óssea, assim como uma redução de eritrocitos devido ao aumento da destruição (anemia hemolítica).
Efeitos no fígado e vias biliares:
Alteração temporária da função hepática: aumento dos níveis séricos das enzimas hepáticas e da bilirrubina. Muito raramente, icterícia colestática, hepatite e lesão hepática grave podem desenvolver-se.
Efeitos nos rins, tracto urinário e órgãos reprodutores:
Raramente: transtornos da função renal, por exemplo, aumento da concentração hemática de substâncias eliminadas normalmente pelo rim (tais como a creatinina) ou a inflamação aguda do rim (nefrite intersticial), que pode algumas vezes progredir até insuficiência renal aguda.
Diversos:
Tendinites, roturas de tendões. Astenia, dores articulares e musculares que, em casos isolados, podem ser sintomas de rabdomiólise. Baixas ou aumentos excessivos de glicémia podem ocorrer em casos isolados, especialmente em doentes com diabetes mellitus.
O tratamento com antibióticos pode levar a um aumento dos fungos.
Será que vale a pena?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

No fundo, todas somos homens

Dizia-me uma amiga há pouco que um amigo do namorado dela estava triste e cabisbaixo. Motivo? A namorada deixou-o. Motivo? Saudades do ex-namorado. Solução? Voltar também para a ex-namorada.
Situação estúpida, para não dizer ridícula. Então ele está tão triste e vai voltar para a ex? E a rapariga aceita... Vão-me perdoar se este texto vos soar feminista, mas também já todos estamos habituados à interminável guerra dos sexos - se bem que isto nem é uma mini guerra dos sexos, é um intervenção dada por uma mulher e, como tal, a roçar no feminismo (está-me no sangue!). Os homens têm muito a mania; têm a mania que são espertos, têm a mania que as mulheres são parvas e fracas; têm a mania que sabem tudo: acima deles, só Deus... e nem sempre! Acham as mulheres complicadas, especialmente quando estão com TPM (que raio de desculpa para ralhar por tudo e por nada e para não querer ter sexo!). Eu, mulher, feminista, acho isso uma grande calúnia, porque se há coisa que as mulheres são é práticas. Podem até nem ser - e há muitas que não são - desenrascadas, podem ser - e há muitas que são - preguiçosas, mas são práticas. Excepto no amor. E o mito da TPM: não é um mito; é uma realidade. Uma dura realidade, tanto para homens como para mulheres - ou pensam que gostamos de andar enervadas uma semana, em que nem o gato nos serve de consolo, a chorar com as telenovelas e a enfrascarmo-nos de doces? Ah... E em relação à desculpa da TPM para evitar o sexo... ACORDEM! Se o sexo fosse mesmo bom não havia desculpa possível. Bom, mas não vamos por aí, porque isso dá pano para mangas...
Acho que os homens erram mais ao achar que as mulheres são parvas. Conheço casos de traições quase descobertas, de pistas tão óbvias que é impossível negar, mas que são negadas, e porquê? Porque se ama; e não há amor como o da mulher. Porque a mulher fecha os olhos ao óbvio para evitar uma ruptura, um sofrimento, uma desilusão. A mulher aguenta até à última, até não dar mais, e é capaz de viver dias angustiantes ao lado de uma pessoa que - e ela sabe - não merece. Não sei se isto é uma qualidade ou um defeito. Mas em casos semelhantes passados com homens, em que as aparências não iludem e a mulher põe-lhe um valente par de cornos, as coisas terminam ali, vai cada um para seu lado. Aqui, tenho que admitir, que os homens são mais práticos, mas todos sabemos que a razão nem sempre anda de mãos dadas com o coração, e como dizem as gentes: "Os males do coração são os mais difíceis de sarar". Tudo isto para dizer que as mulheres não são parvas, são inteligentes, muito mais do que se pensa, mas o sangue da mulher sofredora dos antepassados ainda corre nas nossas veias.
Os homens são de facto mais práticos que as mulheres no amor, mas até disso têm a mania. Devíamos ser mais frias como eles, mas somos umas alminhas que ainda acreditam que o príncipe encantado chega de cavalo branco para nos amar incondicionalmente. Se eles não querem, nós vamos atrás; se eles ainda não querem, nós choramos e lamenta-mo-nos. Eles não; ainda que andem tristes um dia ou dois, num instante esquecem aquela que era o grande amor da vida deles e arranjam outra. Se não tiverem já outra, e se essa outra não tiver outro.
No fundo, todas nós somos homens. E eles também são mulheres, mas nuns nota-se mais.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Fairytale Gone Bad

This is the end you know
Lady, the plans we had went all wrong
We ain’t nothing but fight and shout and tears
We got to a point I can’t stand
I’ve had it to the limit; I can’t be your man
I ain’t more than a minute away from walking
We can’t cry the pain away
We can’t find a need to stay
I slowly realized there’s nothing on our side
Out of my life, Out of my mind
Out of the tears we can’t deny
We need to swallow all our pride
And leave this mess behind
Out of my head, Out of my bed
Out of the dreams we had, they’re bad
Tell them it’s me who made you sad
Tell them the fairytale gone bad
Another night and I bleed
They all make mistakes and so did we
But we did something we can never turn back right
Find a new one to fool
Leave and don’t look back.
I won’t follow
We have nothing left, it’s the end of our time
We can’t cry the pain away
We can’t find a need to stay
There’s no more rabbits in my hat to make things right
Out of my life, Out of my mind
Out of the tears we can’t deny
We need to swallow all our pride
And leave the mess behind
Out of my head, Out of my bed
Out of the dreams we had, they’re bad
Tell them it’s me who made you sad
Tell them the fairytale gone bad
Sometimes I think that our fairytale is also going bad...

About us

Não sei por onde começar a escrever, mas tenho a sensação de que não vai haver muita gente a ler isto, por isso não faz diferença...
Hoje sinto-me meio adoentada; aliás, não me sinto meio adoentada, estou adoentada. Doente, vá. Talvez esteja a exagerar. De qualquer modo daqui a nada vou ao médico e ele vai-me dizer que é tudo psicológico, por isso... se calhar é tudo psicológico.
Tenho pouco para dizer, não me sinto com inspiração. O meu 'muso inspirador' anda meio adormecido em relação a mim e pouco resta além das conversas intermináveis com a minha buxah, que normalmente rondam os nossos musos inspiradores, comida e muita merda. Nós somos felizes assim, e até diria que nos completamos tal é a nossa empatia e a nossa capacidade de lidar bem uma com a outra, dizer as verdades nas alturas menos propícias - que é quando elas batem mais e nós também temos uma quantidade admirável de sadismo no sangue -, de sermos sacásticas e invejosas com toda a gente - sim, toda a gente; nós temos inveja de toda a gente - e, acima de tudo, pelas nossas piadas que só nós entendemos e das quais só nós nos rimos. Quase que diria que a amo, se ela não fosse uma moçoila comprometida com o gémeo que não a faz sentir amada como eu faço. Oxalá ele mude, senão qualquer dia rapto-a e fico com ela bem junto a mim, que os amigos não se querem só no coração nem no msn.
Afinal até escrevi muito. E graças à minha buxah. Para ela, um mimo:

Lying in my bed I hear the clock tick and think of you
Caught up in circles, confusion is nothing new
Flashback, warm nights almost left behind
Suitcase of memories
Time after
Sometimes you picture me I'm walking too far ahead
You're calling to me I can't hear what you've said
Then you say: "go slow."I fall behind
The second hand unwinds
If you're lost, you can look
And you will find me
Time after time
If you fall, i will catch you
I'll be waiting
Time after time
After my picture fades and darkness has turned to gray
Watching through windows you're wondering if i'm ok
Secrets stolen from deep inside
The drum beats out of time
If you're lost, you can look
And you will find me
Time after time
If you fall, i will catch you
I'll be waiting
Time after time
Love you*